Por uma reforma agrária eficiente

 Querem utilizar na Reforma Agrária a mesma tática de construir o descrédito de uma determinada política junto à sociedade para em seguida detoná-la. No caso, é para tentar extinguir o pouco que se tem de Política de Assentamentos Rurais, já que Reforma Agrária mesmo nunca tivemos, não temos e nunca vamos ter. Meu pai sempre dizia que coisas absurdas são ditas ou por ignorância ou por má fé, segundas intenções. Partindo da primeira premissa vamos esclarecer alguns pontos.

Autor: João Leonel

1- Pesquisa sobre renda no meio rural, em particular em assentamentos não pode se basear apenas na renda monetária como indicador de sucesso. Para os menos avisado que lê os resultados devem ficar pensando que o agricultor assentado tem que usar esse 1 SM para cobrir todas as despesas. Na realidade não é bem isso que ocorre pois ele não paga aluguel e a maior parte do seu consumo de alimentos é provido por ele próprio, ou seja, dois dos principais itens de despesa de qualquer brasileiro são relativamente menores para os agricultores. E isso não é contabilizado no cálculo da renda, uma vez que o que eles gastariam para comprar os ovos , o frango, o leitão, os grãos e os hortifruti produzidos e consumidos não são considerados;

2- Tem que estabelecer de forma clara os estratos de assentamento de acordo com o seu tempo de implantação, sua idade. Não se pode colocar no mesmo saco da avaliação da renda assentamentos novos com assentamentos antigos, tem primeiro que separar e depois comparar. Até porque se um assentamento com 4-8 anos de implantação estiver no mesmo patamar de desenvolvimento que um assentamento de 10-15 anos dá pra concluir que se a política atual não está boa que dirá aquela anterior; Leia mais>>